PSD CONDENOU GASTOS SUPÉRFLUOS NA REPLANTAÇÃO DE ESPÉCIES ARBÓREAS E ARRANJOS PAISAGÍSTICOS

CONCURSOS PÚBLICOS FICAM DESERTOS DEVIDO AOS BAIXOS VALORES SOLICITADOS

ROUBOS DE COBRE NOS POSTES PREJUDICAM ILUMINAÇÃO EM NÓS DO IC-6

 Quando se pensava que a última reunião de Câmara, realizada no dia 23 de março, presidida por António Oliveira em substituição de Ricardo Cruz, poderia decorrer de uma forma calma, sem grandes motivos a registar, eis senão, logo a abrir as `”hostilidades”, surgiu na parte da intervenção do público o Presidente da União de de Freguesias de Espariz/ Sinde, Fernando Gameiro – eleito pelo PS, sublinhe-se – a reclamar pela conclusão do IC-6, uma “obra que já custou 50 milhões de euros e que ainda não está concluída nos nós de acesso”, reclamando ainda por melhores condições de iluminação nesses locais, sentindo-se “triste” por não haver luz na entrada da freguesia, falando ainda na omissão de não haver placas indicando Sinde ou Zona Industrial. ”Estou até na disposição de apagar lâmpadas nas zonas onde não sejam necessárias para as colocar nesse local”, sublinhou Fernando Gameiro, pedindo ainda um financiamento para a Fábrica de Igreja de Sinde para repor os candeeiros que precisam de ser reparados naquele local.

 António oliveira especificou que o Presidente é que está com essa matéria e que sabe que reuniu de imediato com as Infraestruturas de Portugal para se tentar ligar essas luzes, não só naquela UF mas em todos os nós ao longo do IC 6, falando ainda em vandalismo nos postes com roubo de cobre, uma situação que está a ser inventariada.

   Na sua intervenção, o Presidente em exercício informou ter sido adjudicada por cerca de 300 mil euros a redefinição do sistema de tratamento de águas residuais  em Touriz, bem como ter sido lançado o concurso público para a recuperação do Trilho dos Gaios, um investimento que rondará os 260 mil euros, considerando ser este “um dos anseios da nossa comunidade e  que o trilho tem sido mantido graças aos trabalhos de inúmeros voluntários”. Ficou também a saber-se que vai ser reequacionado o concurso para a instalação das Oficinas para as Artes do Palco que iria ficar sedeada na antiga escola de Percelada, dado que os concorrentes interessados verificaram que a obra era muito mais avultada do que o valor estipulado nesse concurso, essencialmente devido ao crescente aumento dos materiais de construção. E que vão ser gastos 530 mil euros na recuperação do Jardim de Infância de Tábua, “uma obra que está nas primeiras prioridades na área da Educação; esperemos que haja concorrentes”, sustentou António Oliveira.

   Com tantos problemas financeiros a ultrapassar, que implicam que empresas contratadas se desinteressem de efetuar empreendimentos, tendo em linha de conta os valores baixos a concurso, a oposição pela voz do vereador Vítor de Melo,  apontou o custo exorbitante da empreitada “ Replantação de espécies arbóreas e arranjos paisagísticos em diversos espaços da Vila de Tábua, no valor de 21.032, 89 euros “  e onde estava descrito a compra de quatro oliveiras bonsai com o valor de 5 808,80€ , que levou os vereadores do PSD criticarem e contestaram tal gasto na anterior reunião do executivo não pública.

   “Qual não foi a nossa surpresa quando constatamos uma nova adjudicação (datada de 25/2/2022) com a designação da empreitada “ aquisição de serviços de conservação, manutenção e limpeza de jardins e espaços verdes “ no valor de 71 528,80€.

Sr .Presidente pergunto-lhe novamente, são estas as prioridades de executivo do PS para o Concelho de Tábua? Acha que estamos em condições financeiras e em tempos de se investir estes valores em jardins? O Senhor já varias vezes afirmou que é necessário fazer cortes nas despesas! Então isto é o quê?”, frisou o vereador social-democrata, acentuando que o papel do estado (Município) é desenvolver medidas de carácter social e financeiro que ajudem a mitigar as dificuldades económicas e sociais do concelho”.

  E acrescentou: “Neste novo contexto em que tudo se torna vulnerável e instável, não é com investimentos em jardins e espaços verdes que conseguiremos ultrapassar esta situação, muito pelo contrário a população e instituições merecem um acompanhamento mais próximo e com aplicação de medidas mas rápidas e eficazes. Voltamos a alertar (como fizemos no ultimo mandato do Executivo PS) que são estas políticas de gestão ruinosa que levaram à atual situação financeira do Município de Tábua. Lembramos que nas ultimas reuniões de câmara foram apresentados pelo executivo PS planos de pagamento em prestações, referentes a dividas acumuladas a ADSE e parte da divida da EDP.

Sr. Presidente tudo é necessário, mas cabe ao senhor definir valores e prioridades na gestão financeira do Município, estes gastos com tais valores não são adequados para a nossa realidade actual. Olhe mais para as instituições, empresas e população que essas sim, necessitam do seu apoio e da Câmara Municipal de Tábua”, referindo Vítor Melo que os vereadores do PSD contestam e condenam tais gastos supérfluos.

  António Oliveira respondeu que o “Município de Tábua preza-se por tentar fazer uma gestão cuidada, não só dos espaços verdes, mas também financeiro. O que posso dizer é que manter os espaços verdes representa mais de dois mil euros de encargos mensais e o Município, para realizar esta ação, teria de ter 3, 4 5 trabalhadores. Essa verba não chegaria só para os recursos humanos. São opções que se têm de tomar e essa é a mais vantajosa para mantermos a qualidade dos nossos espaços verdes”.

  Vítor Melo retorquiu: “A Câmara tem oito funcionários os quais, no seu recibo de vencimento, são jardineiros, não estão é a exercer essa sua atividade. Outros municípios envolventes têm a sua autonomia a nível dos jardins, provavelmente porque têm uma gestão financeira diferente e nós continuamos a estar certos e eles é que estão errados”.  

“É o seu ponto de vista, que respeitamos”, respondeu António Oliveira.

Texto: José Leite

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