TÁBUA TEM A ÁGUA MAIS CARA NO DISTRITO DE COIMBRA

MÁRIO LOUREIRO ATRIBUI O ELEVADO PREÇO AOS INVESTIMENTOS FEITOS PARA MELHORAR A QUALIDADE

  A 5ª edição do Estudo Comparativo dos Tarifários de Abastecimento de Água de Portugal, realizado pela Associação de Famílias Numerosas (APFN), revela as inúmeras diferenças no preço da água em Portugal considerando o município em que se vive e também a dimensão familiar.

  No distrito de Coimbra, uma pessoa paga por mês 2,51€ se viver no município de Mira, ou paga quatro vezes mais se habitar em Tábua, 9,26€. Na tabela divulgada pela Associação, o nosso concelho é o que representa o valor mais elevado para agregados de três (4,04 euros) e cinco pessoas (5.oo euros), sendo também o município com a tarifa fixa mais elevada do distrito (6,96 euros), seguido de Vila Nova de Poiares (6,70 euros).No sentido oposto é o concelho de Mira que apresenta um valor mais reduzido de tarifa fixa (1, 50 euros), seguido de Cantanhede (1, 66 euros).

   Relativamente à dimensão familiar, encontram-se disparidades em todo o país. No caso do distrito de Coimbra, por exemplo, no município de Pampilhosa da Serra uma pessoa que viva numa família de dois elementos paga por mês 3,10€, enquanto se viver numa família de 8 pessoas paga duas vezes mais, 7,08€. Pela negativa está ainda o preço médio da tarifa fixa de abastecimento de água do distrito de Coimbra que foi de 3,39€ por mês, ultrapassando o preço médio nacional (3,00€ por mês). De destacar que durante o último ano, no município de Oliveira do Hospital, a tarifa fixa foi gratuita para agregados familiares com mais de 4 elementos. Ao nível da tarifa variável de abastecimento de água o distrito de Coimbra registou uma média, no último ano, de 0,83 €/m3 de água consumida, ligeiramente acima da média nacional, de 0,811 €/m3

   Pela positiva, está o município de Cantanhede que surge no TOP 20 do Ranking da Água por ser uma das autarquias nacionais com menores níveis de discriminação no acesso à água. Portugal contou em 2019 com um total de 207 municípios com um tarifário específico, de aplicação universal, para as famílias numerosas. Dos 17 municípios do distrito de Coimbra, apenas não apresentam esta tarifa as autarquias de Mira, Pampilhosa da Serra, Penela e Tábua.

TEXTO: JOSÉ LEITE

AM DEBATEU PREÇO DA ÁGUA

LOUREIRO DIZ QUE ESTÁ À ESPERA DE UM PARECER DA ERSAR PARA BAIXAR AS TARIFAS   Na última reunião da Assembleia Municipal, o PSD pediu explicações ao Presidente sobre este “rankng” que coloca o nosso concelho com a tarifa mais alta nas tarifas da água pagas pelos consumidores, facto que mereceu até honras de primeira página no “Diário de Coimbra”. O tema também foi abordado por José Oliveira, da CDU, que lembrou que há trinta anos atrás, como deputado municipal tinha proposto ao então presidente da Câmara, Eng.º Ivo Portela, a municipalização da distribuição de água “mas a mesma foi entregue à Câmara que depois a concessionou”;  e agora “nem sequer se dão ao trabalho de ir ler as leituras, pois há muita gente que ainda não sabe ler”. Mário Loureiro respondeu que essa concessão das águas à empresa Águas do Planalto foi feita em 1996 e, na altura, a direção dos municípios era do PSD. Frisou que houve “posteriormente aditamentos a esse contrato que nos têm penalizado”. Revelou que está tudo preparado para que haja uma redução das tarifas entre 20 a 25 por cento nos próximos um a dois meses se a ERSAR ( Entidade Reguladora dos Serviços Públicos de Abastecimento de Água) emitir um parecer favorável. ”Havia outra solução que era revogar o contrato só que isso vai custar cerca de 20 milhões de euros”. Loureiro falou ainda nos grandes investimentos feitos para melhorar a qualidade da água e, por isso, “as tarifas chegaram onde chegaram”.

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