Fernando Tavares Pereira criticou entraves colocados pelo poder público aos investimentos dos empresários que procuram desenvolver o país.
“Esta é uma obra que fica bem na nossa terra”. Foi assim que o empresário Fernando Tavares Pereira classificou, durante a sessão de pré-abertura, a imponente obra de charme Palace Hotel de Midões, em Midões, uma estrutura de quatro estrelas que promete alavancar o turismo na região na região do histórico João Brandão e que deverá abrir em breve ao público. O líder do Grupo empresarial TAVFER, que se chegou a emocionar quando recordou um familiar que faleceu e do seu pai que gostava daquele projecto e também partiu também este ano, sublinhou que a recuperação do Palácio Valverde, totalmente destruído pelos incêndios de Outubro de 2017, será um exemplo que fica para o futuro.
O empresário que estava rodeado de algumas dezenas de convidados não se conteve e voltou a ser muito cáustico para com as estruturas do Estado que “em vez de incentivarem e ajudarem o investimento e promoverem a criação de empregos fazem precisamente o contrário”. “Quem está nas secretárias dos departamentos públicos deve ajudar e não complicar a vida de quem procura o desenvolvimento do país e em particular destas regiões do interior”, recordou.
“Construir este hotel deu muito trabalho. Houve muitos contratempos. A E-redes demorou dois anos a colocar aqui a electricidade, a CM de Tábua esteve dois anos para analisar o projecto, depois tivemos o Covid e uma fatalidade com o empreiteiro. E agora o Turismo de Portugal está a recusar pagar uma parte do dinheiro deste projecto que foi submetido e aprovado, pelo facto das facturas lhes terem chegado com 15 dias de atraso. Mas se não pagarem, já disse ao meu filho que lhes vamos devolver a fatia que já nos foi entregue. Não quero nada com aquela gente. Está tudo pago, portanto…”, acusou o Fernando Tavares Pereira que investiu nesta obra cerca de dois milhões de euros e insistiu que os empresários mereciam mais respeito.
“Com tantos investimentos e empregos criados devíamos ter outro tipo de atenção”, referiu olhando para a deputada do PSD Fátima Ramos, eleita pelo círculo de Coimbra, que considerou como uma das poucas vozes que defende o interior na Assembleia da República. E lembrou que o seu grupo se prepara para investir, entre outros, em Moncorvo e em dois empreendimentos no Algarve. “Quem está nos departamentos públicos tem de ter atenção à importância que os investimentos têm para o país e ajudar e não colocar problemas burocráticos a quem “investe e procura criar riqueza”, concluiu, o empresário que passa a contar com um busto no jardim do hotel oferecido pela Associação de Comandos de Lisboa.
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