TÁBUA REFLECTIU PANORÂMICA GERAL
À imagem do que ocorreu em todo o país, o Partido Socialista obteve a maioria absoluta nas freguesias de Tábua, com 2.661 votantes (uma percentagem de 47, 55 por cento). O PSD ficou em segundo lugar, com 1.864 votos (33,3 por cento). De assinalar a subida do Chega ao terceiro lugar, obtendo 276 votos, conseguindo 4,93 por cento de votação, seguido do Bloco de Esquerda (146), da Iniciativa Liberal (135), CDS (111), ficando o PCP-PEV com 104 votos. Não votaram 4.525 pessoas, registaram-se 89 votos nulos, 67 brancos. Curiosamente, a margem que separa os dois grandes partidos foi praticamente a mesma que teve lugar nas últimas eleições autárquicas, o que indicia alguma estabilização no eleitorado.
Um facto que chamou a atenção foi a afluência às urnas de muita gente idosa, aliás, como aconteceu na generalidade do país, talvez como reflexo dos “medos” lançados pelo PS que, se o PSD ganhasse, teriam lugar congelamentos e cortes nas pensões, não haveria o tal aumento extraordinário de 10 euros nas pensões avançado por Costa no chumbado Orçamento do Estado e que pretende reeditar, ou a alegada aliança dos social-democratas com o Chega, que iria pôr cobro aos RSI e outros subsídios de sobrevivência. A tal campanha “negra” de que falou Rui Rio e que muito o terá penalizado, preferindo adotar um comportamento algo passivo na resposta a esses ataques lançados nos últimos dias pelo seu opositor. “Ganhou o conformismo, o medo, a velhice e as pensões, perderam a inovação, a juventude e o emprego”, referiu-nos uma fonte ligada ao PSD local, convicto que as clientelas que o PS criou na função pública – veja-se o caso da Câmara de Tábua despender cerca de 5.600 mil euros com os ordenados dos seus funcionários.
Mas voltando ao ato eleitoral em Tábua, o mesmo decorreu sem grandes incidentes,não houve grandes aglomerações de eleitores no acesso às urnas. No Pavilhão Multiusos, por exemplo, por volta do meio dia, não havia praticamente nenhum votante, facto indicador que os tabuenses se dispersaram na hora de ir votar.
De registar, apenas, um pequeno incidente no Pavilhão, conforme nos relatou Nuno Pereira, delegado ali presente pelo PSD:
”Da parte da manhã, pedi para colocarem os nomes dos votantes na entrada do pavilhão, para evitar filas antes das mesas, tendo o pessoal camarário resolvido a situação com brevidade e muita eficácia. Os únicos registos que aconteceram tiveram a ver com a falta de conhecimento da delegada do PS, Olga Nunes, ao tentar impedir a minha presença como delegado no pavilhão onde estavam as mesas. De forma célere, a CNE esclareceu por telefone o presidente da Junta de Freguesia, Francisco Pais, que estava também no pavilhão, que qualquer delegado podia estar nas mesas e no acesso às mesmas”.
Na opinião de Nuno Pereira, o acesso a alguns locais de voto pode ser melhorado para evitar a presença de pessoas, principalmente as que não podem estar no local por lei. “Também acho que devem ser criadas mesas de votação em locais como Vila do Mato, Carragozela, Percelada, Várzea de Candosa, entre outros, possibilitando aos eleitores estarem mais perto dos locais de voto e, com isso, evitar deslocações e aglomerações. É o que se faz noutros concelhos e fará com que a abstenção baixe”, sustentou.
( foto Cantanhede f 3 e quadro sobre os resultados em Coimbra)
“ONDA” ROSA VARREU O DISTRITO DE COIMBRA
SÓ CANTANHEDE RESISTIU
O PS venceu as eleições legislativas em Portugal e no distrito de Coimbra, ganhando em 16 dos 17 concelhos. Só Cantanhede resistiu à “onda” rosa, permitindo ao PSD a sua única vitória neste círculo eleitoral. E por apenas 166 votos. Os socialistas, de resto, subiram a sua votação no distrito em 17720 votos (total de 97310 votos), quando comparada com as eleições de 2019, acabando por eleger seis deputados, incluindo o actual presidente da Assembleia Municipal de Oliveira do Hospital, José Carlos Alexandrino. Os sociais-democratas também aumentaram a votação em 8389 votos, num total de 62668, o que lhe permitiu eleger os restantes três deputados. O Bloco de Esquerda perdeu o quarto lugar para o Chega (13166 votos) e o seu deputado para o PS.
“É o melhor resultado de sempre do Partido Socialista (PS) no distrito desde que Coimbra elege nove deputados”, enalteceu o presidente da Federação Distrital, Nuno Moita, quando tomou conhecimento da eleição do sexto deputado. “Coimbra respondeu presente”, frisou o líder distrital.
No concelho de Oliveira do Hospital, os socialistas arrecadaram 4988 votos (48,66 por cento), o que representou uma subida de 985 votos quando comparado com as legislativas de 2019. O partido liderado por António Costa, de resto, ganhou em todas as freguesias do concelho. O PSD conseguiu o segundo lugar com 3228 (31, 49 por cento), o que representa uma subida de 148 votos. Já Chega foi a terceira força política mais votada ao conseguir 568 votos (5,54 por cento) superando o Bloco de Esquerda e o CDS.
A líder do PSD em Oliveira do Hospital mostrou-se claramente surpreendida com o resultado da votação “tanto a nível nacional, distrital e concelhio”.
“Estávamos à espera de ter um resultado mais favorável. Mesmo a nível nacional, é uma surpresa muito grande”, referiu Sandra Fidalgo que ocupava o sétimo lugar na lista social-democrata pelo círculo eleitoral de Coimbra. “Deixa-nos tristes e é, para nós, uma surpresa este tipo de resultados tão negativos para o PSD”, lamentou, sublinhando que agora resta respeitar “a vontade demonstrada pelos portugueses”. Considera que enquanto autarca o agora eleito deputado José Carlos Alexandrino deixou “Oliveira do Hospital numa posição de muito decréscimo”, Sandra Fidalgo aguarda que agora “cumpra as promessas que fez aos oliveirenses e ao distrito de Coimbra”.
O Partido Socialista elegeu por Coimbra: Marta Temido, Pedro Coimbra, Tiago Martins, Raquel Ferreira, José Carlos Alexandrino e Ricardo Lino. Já Mónica Quintela foi a primeira eleita pelo PSD, seguida por Fátima Ramos e Barbosa de Melo.
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