Ao participar na Assembleia Municipal de Tábua, no dia 28 de dezembro de 2021, ouvi o Senhor Presidente do Município dizer algumas coisas que não me agradaram, mas que, infelizmente, vieram confirmar o que sempre dissemos durante a campanha eleitoral: “o Município, fruto de uma governação socialista de três décadas, está em falência técnica”.
Entre algumas possibilidades de poupança que foram adiantadas pelo Executivo Municipal para o futuro “apertar de cinto”, falou-se na não renovação de contratos de colaboradores e na hipótese de se desligarem alguns postes de iluminação pública.
Em relação ao primeiro ponto adianto já que, no que depender de nós, estaremos sempre contra qualquer tipo de despedimento e iremos lutar pela manutenção de todos os postos de trabalho, porque, para esta Coligação, as pessoas estarão sempre em primeiro lugar. Em relação ao segundo ponto, fiquei extremamente surpreendido quando no dia 2 de janeiro ao circular pela minha freguesia (Midões), por volta das 17H55, constatei que a possibilidade de se desligarem alguns postes de iluminação pública era, afinal, já uma realidade, encontrando-se várias zonas “às escuras”.
Estas decisões devem ser, de forma transparente, comunicadas e explicadas aos cidadãos, ou até mesmo colocadas em discussão pública. Muitos de nós já sentem uma discriminação dupla, primeiro porque vivemos no interior (onde não há grandes investimentos governamentais), depois porque aqueles de nós que não vivem na sede de concelho sentem-se abandonados pelo poder local. Agora iremos sentir uma discriminação tripla, porque só alguns de nós, habitantes de aldeias, é que teremos direito a iluminação pública. Por favor, discriminação tripla NÃO!
Na minha freguesia só vejo uma vantagem em não ter iluminação pública durante a noite … como não vejo os inúmeros buracos existentes nas nossas estradas posso ter uma condução normal e fingir que eles não existem!
Texto: Nuno Carvalho (Gestor de Projetos – Membro da Assembleia Municipal de Tábua, eleito pela Coligação Coragem para Mudar)
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