CM DE TÁBUA PERMITE CAIXOTES DE LIXO SEM SEGURANÇA EM TODO O CONCELHO

MAS A EDILIDADE DIZ QUE “CUIDAR DE SI, É CUIDAR DE TODOS”, ALERTANDO PARA AS MEDIDAS PREVENTIVAS CONTRA O VÍRUS

   O Município de Tábua tem informado a população (e muito bem) sobre as medidas preventivas a tomar em relação à Covid-19, por forma a travar a propagação do vírus. Isto numa altura em que se multiplicam os casos de infetados no concelho. De acordo com os dados prestados pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARS), o concelho conta, no momento, com mais de 100 casos ativos e 32 óbitos, mais um morto a lamentar no espaço de uma semana.

   “Cuidar de si é cuidar de todos!”, diz a Câmara na sua página do Facebook. Por isso mesmo, custa acreditar que seja a própria edilidade a permitir, através da AMRPB (Associação de Municípios da Região do Planalto Beirã) que continuem instalados em todo o concelho – mesmo na própria sede – contentores de lixo sem pedal, que impede que as pessoas que vão depositar o lixo não contactem com a tampa que pode estar contaminada. Era uma forma de evitar a  disseminação do vírus Covid-19 e outras bactérias nocivas. É claro, pode-se argumentar que os cidadãos, quando depositam o lixo, devem levar luvas…mas quantos o podem fazer? E quem se lembra de as usar nesse gesto simples e recorrente de ir levar o lixo num saco para o caixote?

  Há muito que esses caixotes deveriam ter sido substituídos, logo a partir da data em que a pandemia se começou a espalhar pelo país há dois anos.

   Numa rápida volta pelo concelho, deparamos com esses focos de infecção ali à mão de semear. E logo na própria vila, na Rua dos Sobreiros, vimos um caixote com o lixo atulhado, quase a saltar borda fora. Em frente ao Hospital dos Continuados, anotamos a existência de cinco caixotes na via pública, todos eles sem o referido pedal. Uma zona onde esses cuidados preventivos deveriam ser redobrados, dada a proximidade de uma unidade de saúde de onde diariamente saem os mais variados e perigosos detritos.

 Será assim tão dispendioso reformular esses recipientes de resíduos sólidos? Curiosamente, a Câmara fez recentemente alarde de ter apresentado uma candidatura ao Programa designado “Biobairros – da Terra à Terra” promovido pelo Fundo Ambiental e pelo Ministério do Ambiente e Ação Climática, no sentido de estrear projetos piloto distribuídos pelo território, mostrando sofisticados recipientes ( biocompostores) com o objetivo de um aproveitamento dos chamados biorresíduos produzidos a nível doméstico,

   E, entretanto, os velhinhos caixotes estão por aí espalhados na própria vila e pelas aldeias, sem segurança, à mercê de serem impregnados pelo vírus e pelas mais variadas bactérias nocivas, constituindo um factor de risco acrescido para os cidadãos.

Texto e fotos: José Leite

 

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