EM TEMPO DE CRISE, ESPECTÁCULOS EM TÁBUA CUSTARAM 60 MIL EUROS

  O magnífico espetáculo que teve lugar no fim de semana passado intitulado “História da Música”, o profissionalismo e a categoria evidenciados pelos artistas intervenientes, alguns de Tábua, como o Dance Art Studio e a orquestra da Academia Artística, bem dispensavam a cena patética do final com o presidente da Câmara, da Assembleia Municipal  e dois  vereadores do PS subirem ao palco instalado defronte do edifício da Câmara – pois é claro, o cenário inseriu-se nos objetivos da  propaganda – numa cena patética, que meteu oferta de  lembranças de vinhos aos artistas. Com Ricardo Cruz a aproveitar a ocasião para fazer uma espécie de comício politico, elogiando o governo por esta ajuda aos artistas que estiveram parados durante dois anos – houve artistas que não são da cor rosa que não foram ajudados, que tiveram de vender os materiais que usavam em espetáculos para poderem sobreviver, conheço casos em Tábua – “carregando” o Presidente nos “poucos críticos que existem”,  ao afirmar que se estivessem presentes ficariam rendidos a “este magnifico espetáculo fruto de uma candidatura conjunta de três municípios ( Anadia, Oliveira do Bairro e Tábua) enfatizando ter sido financiado a cem por cento. Como se pudesse haver financiamentos….grátis, como não há também almoços grátis…de algum lado sai o dinheiro e o que interessa é alcançar os objetivos, por muito encapotados sejam. E como se pode ler na Base dos Contratos Públicos, a produtora responsável pelos dois últimos espetáculos levados à cena em Tábua – “Musical na Vertical” e “História da Música” – recebeu 58.752 euros. Alguém pagou, provavelmente, o contribuinte português. Não foram, certamente, Ricardo Cruz e quem ali subiu ao palco para encenar esta triste cena de propaganda politica…e ainda não estamos em campanha, o que nos faz conjeturar que, quando a mesma estiver no seu auge, o que poderá acontecer…E lembramos, a Câmara de Tábua figura em oitavo lugar na lista dos municípios com pagamentos em atraso aos fornecedores superiores a um milhão de euros.

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