No Sergudo, São João da Boa Vista, a instalação do parque fotovoltaico pela empresa que, por coincidência, vai colocar as torres de iluminação no Estádio Municipal, está a indignar os proprietários de alguns terrenos, que viram cortado o acesso às suas propriedades. “Há pelo menos três caminhos que eram públicos que foram cortados, um deles o que dá acesso ao túnel debaixo da estrada”, disse-nos um desses proprietários, que se viu impedido de circular para aquilo que é seu.
Há muito tempo que este parque solar está envolto em polémica, desde os tempos em que apareceu por aí uma outra empresa, a Muki Solar, de que era principal responsável, Miguel Barreto, antigo diretor geral da Energia no tempo de Sócrates, que chegou a estar naquela freguesia a apresentar o projeto, ao lado do presidente da câmara de Tábua, na altura, Mário Loureiro.
Curiosamente, Barreto era um dos suspeitos do processo judicial que investiga alegados favores à EDP, sobretudo por ter tomado a decisão de atribuir à elétrica uma licença vitalícia para a exploração da central de Sines, sem contrapartida financeira para o Estado.
Barreto chegou a ser constituído arguido por suspeitas de corrupção mas o juiz de instrução criminal Ivo Rosa – o tal que tem entre mãos o processo que investiga José Sócrates e que é conhecido por tomar decisões polémicas de âmbito judicial – anulou esse estatuto processual por questões formais.
O certo é que Barreto se evaporou de Tábua, depois de várias polémicas relacionadas com a instalação e impacte ambiental da central na zona de São João da Boa Vista. E agora surge uma outra empresa, a Greenvolt Energias Renováveis a ocupar essa posição… mas as polémicas, ao que parece, continuam.
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