DA CARTA DE PERIGOSIDADE, PASSANDO PELO MARCO PAULO, ÀS DIFICULDADES SENTIDAS PELOS DEFICIENTES NO ACESSO À CAIXA AGRÍCOLA

REUNIÃO PÚBLICA REALIZOU-SE NO EDIFÍCIO CULTIVA

   A Carta de Perigosidade dos Incêndios Florestais, entretanto suspensa pelo governo, e que impunha restrições rígidas para quem quisesse investir na zona florestal, impondo fortes condicionalismos ao desenvolvimento dos concelhos do interior, motivou alguma discussão na ordem dos trabalhos da reunião pública de Câmara do passado dia 26, realizada no Edifício Cultiva. Apesar de instado pelo nosso jornal há mais de duas semanas para se pronunciar sobre o caso, só recentemente o Presidente da Câmara resolveu tecer comentários sobre a matéria, congratulando- se, num comunicado divulgado na página oficial camarária do Facebook, pela decisão em suspender a Carta.

 Mas o que esteve em discussão neste plenário do executivo? Procurar saber a quem atribuir os louros pela suspensão em fazer retroceder o Governo numa matéria altamente lesiva para o território tabuense, nada mais. Será que esses louros couberam ao vereador Fernando Tavares Pereira, que, há mais de um mês, numa reunião de câmara, evidenciara a sua indignação face a esse documento, tendo transmitido essa sua preocupação à deputada Fátima Ramos, eleita pelo PSD no círculo de Coimbra, e que, segundo os social-democratas, expôs o assunto em primeiro lugar na Assembleia da República? A Ricardo Cruz, que diz também ter tomado uma posição anterior contrária numa reunião da CIM – Região de Coimbra, de onde saiu uma missiva para o governo? Terão sido os deputados do PS na AR, como acentuou Ricardo Cruz, logo contraditado por Vítor Melo, vereador do PSD, sustentando ter provas que o PS apresentou esse requerimento posteriormente à intervenção de Fátima Ramos?

   De uma forma salomónica, o Presidente arrumou o assunto: o que importa é que a Carta ficou retida em Lisboa e não chegou a ser expedida, sublinhando o autarca que se “estava a borrifar para quem meteu o requerimento em primeiro lugar, ou em segundo, quero é que este problema seja resolvido”, lembrando que cinco projetos de turismo rural previstos para Tábua iriam ser inviabilizados se a Carta de Perigosidade avançasse.

 De sinal contrário, para além de abordar outros temas que “O Tabuense” reporta nas suas páginas 12 e 13 em matéria de novas funcionalidades e financiamento às instituições, principalmente ligadas à Segurança Social e IPSS, o Presidente, na sua intervenção inicial, informou da presença de Tábua no programa da SIC, “Alô Marco Paulo” dedicado às profissões antigas, como forma de divulgar os produtores e artesãos locais, não referindo, nem ninguém o instou nesse sentido, se houve custos resultantes dessa iniciativa – bem se sabe que o “tempo de antena” em programas televisivos é geralmente bem pago…

  Nota para as felicitações dirigidas por ambas as bancadas à festa dos Carolos em Vila Nova de Oliveirinha, incentivando e honrando as tradições tabuenses, e para a alusão feita pelo vereador do PS, António Oliveira, à iniciativa “Tábua Mais Social”, um evento que decorreu durante uma semana e que nasceu com o objetivo de relevar o trabalho na área social levado a cabo por todas instituições do concelho, nomeadamente, pelas cerca de seiscentas pessoas que trabalham nesse sector. Ficámos a saber que devido “ao surgimento de alguns casos de Covide-19 nas nossas IPSS”, não se realizou no Pavilhão Multiusos a habitual missa e almoço do Dia da Espiga e que iria reunir trezentas pessoas afetas a essas estruturas.  

   E, por falar em questões de âmbito social: Vítor Melo, vereador do PSD, levantou o caso que, curiosamente, se relaciona como uma entrevista que anteriormente fizéramos a José Francisco Santos Dinis, um deficiente residente em Ázere, e que há 4 anos se desloca numa cadeira de rodas, depois de sofrer um acidente em França. José Dinis procurou-nos para dar conta das dificuldades que enfrenta ao percorrer algumas zonas públicas da vila, nomeadamente, no acesso às instalações da Caixa de Credito Agrícola, onde tem conta bancária, e onde não existe qualquer rampa de acesso a pessoas com mobilidade reduzida. O vereador social-democrata sugeriu que a Câmara instalasse uma rampa junto àquela instituição e do  Cartório Notarial, situado ao lado da mesma. Ricardo Cruz respondeu que a Câmara não pode efetuar investimentos em domínios privados, pode “é sensibilizar”.

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