“DEMOS-LHE O NOME DE QUINTA D´ALEGRIA DEVIDO ÀS BOAS ENERGIAS DESTE LUGAR”

 ESTILISTA NORUEGUESA ENCONTROU NA CARAPINHA UMA NOVA FORMA DE VIDA COM A ABERTURA DE UM ALOJAMENTO TURÍSTICO

  Há quatro anos que Elen Sviland e Darwin, um casal de noruegueses, adquiriram uma quinta rústica na Carapinha para nela instalar um Alojamento Local. A irmã casou-se com um português e vieram depois para Portugal, ficando encantados com o país. Ela é uma conhecida estilista e “designer” habituada aos grandes palcos mundiais da moda, nos Estados Unidos, onde esteve a trabalhar durante vinte anos, em Hong Kong, Singapura, Itália.

     A Quinta d’Alegria destina-se a famílias ou grupos de amigos com capacidade para albergar 16 pessoas em 4 quartos com cama individual com casa de banho privativa, cada um com entrada privada. O aluguer ronda os 280 euros /noite para seis pessoas. Na casa principal, existem 2 quartos duplos, um quarto com 4 camas e 2 casas de banho totalmente equipadas. Nas casas principais, há uma grande sala de estar confortável, excelentemente decorada, diga-se de passagem, ou não seja a Elen uma pessoa com atividade ligada ao design e à criatividade. Há uma cozinha totalmente equipada, uma outra no pátio ao ar livre, bar/lounge coberto, um ótimo espaço para relaxar com vista para a paisagem que rodeia o aldeamento.
  ”As pessoas são lives para cozinhar, para nadar na nossa piscina, para passear pelo aldeamento, usufruindo de uma estadia com todas as comodidades. Apreciam, sobretudo, a calma e tranquilidade que se vive nesta região, as belezas naturais, os passeios ao longo dos rios, a Serra da Estrela no inverno”, sublinha Elen, revelando que o negócio está a correr bem, apesar dos cancelamentos de reservas que houve no ano passado por causa da Covid-19.Em 2021, as reservas estão praticamente esgotadas e surpreenderam-se com o grande afluxo de portugueses que cada vez mais ocorrem à Região Centro para passar as suas férias, procurando um pouco de calma e quietude, longe dos grandes centros urbanos. À entrada, os hóspedes são testados, ou apresentam o certificado digital de vacinação, há álcool gel e o uso de máscaras é obrigatório nos espaços públicos

  Elen e Darwin vivem num edifício separado na propriedade com os seus 2 pequenos cães peludos brancos, estando sempre disponíveis a maior parte do tempo para prestar qualquer tipo de ajuda aos hóspedes, nomeadamente, perguntas e informações sobre o local e várias atividades nos arredores.    

  Estabelecem ainda diversos tipos de parcerias com estabelecimentos congéneres das proximidades, como, por exemplo, sessões de yoga, passeios a cavalo, massagens, terapia com cristais, e, para aqueles que o queiram, podem contratar um cozinheiro particular para confecionar as refeições.

   Elen gosta de viver em Tábua mas, na sua opinião, “o concelho poderia estar mais desenvolvido”, surpreendendo-se com a aridez das ruas, onde não há árvores, com poucas sombras, lamentando que as ofertas culturais e de animação se concentrem em certos dias, especialmente aos fins-de-semana, sendo os dias durante semana um pouco monótonos. “Faltam atividades que fixem mais as pessoas. Mas os tabuenses são muito prestáveis e simpáticos”, frisa, elogiando o Mercado Municipal onde encontra uma variedade de produtos endógenos. Elen elaborou, por iniciativa própria, guias turísticos para os seus hóspedes, pois escasseiam as informações oficiais para os turistas sobre esta região. Criaram mesmo no Airbnb (plataforma digital turística) uma página.

 Conta um episódio que a preocupou e surpreendeu: a mãe, com 87 anos de idade, veio do Estoril passar uma temporada com eles e sofreu um pequeno acidente. Tiveram de chamar o 112 mas este não conseguiu localizar a rua onde se situa o aldeamento porque não figurava no GPS. Tiveram de recorrer aos préstimos de um motorista particular que transportou a senhora ao hospital em Arganil.

  O nome Quinta d’Alegria foi inspirado pela sensação “agradável” que o casal teve desde a primeira vez que visitaram a Carapinha. “Demos-lhe as boas-vindas, deixando bem vincadas através dessa designação, as agradáveis sensações que tivemos, as boas energias que quisemos fossem transpostas para este nosso refúgio de paz e tranquilidade. Aqui procuramos esquecer-nos do telemóvel, da internet, da televisão e tentamos usufruir ao máximo a natureza que nos rodeia.Este espaço convida a umas férias retemperadoras”, acentua Elen.

Texto: José Leite

Fotos: Nuno Pereira

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