EMPRESA EM MIDÕES RECORRE A TECNOLOGIA AVANÇADA NA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL GEL

MONTRA D´AROMAS E DE….QUALIDADE

A empresa Montra d´ Aromas, criada em 2020 pelo empresário Nuno Tavares Pereira, em Midões, destina-se a fabricar e comercializar essencialmente álcool-gel, um sector que sofreu um enorme impulso com a pandemia da COVID-19, embora esteja capacitada ainda para o fabrico de cosméticos e produtos alimentares. O empresário recorreu a meios tecnológicos avançados, como é o caso de uma máquina com versatilidade para conceber vários tipos de produtos, quer ainda a nível de engarrafamento e rotulagem.

“ Quando a pandemia atingiu em Portugal níveis elevados de contaminação, lembrei-me de projetar esta unidade de fabrico de álcool gel, que era um produto que não existia no país. Recorríamos às importações vindas da China, Itália e Espanha. Este gel tem uma especificidade diferente, porque optei por criar um produto de qualidade em cooperação com um laboratório de Lisboa, com recurso a aditivos que não prejudicam a pele. Além disso, apresenta-se com vários aromas”, refere. Esses aromas passam pelos mirtilos, maçãs, framboesas, eucalipto, erva-príncipe. Agora está em preparação um virucida para diversas superfícies, materiais hospitalares, viaturas, homologado para combater todo o tipo de bactérias, não apenas a covid-19.

“Não estamos a produzir grandes quantidades, mas fabricamos à medida que surgem os clientes. Até estamos a produzir mais para dar do que para comercializar”, sublinha Nuno Pereira.

O empresário recorreu a meios tecnológicos avançados,

E vem a propósito lembrar que a Montra D’ Aromas distribuiu no natal dispensadores de álcool-gel de framboesa pelas igrejas do concelho. Receberam o equipamento a igreja de Póvoa de Midões, a de Vila Nova de Oliveirinha, Covas, a de S.J. Boavista, Candosa, a de Espariz e a de Sinde, tendo ainda sido oferecidas varias embalagens de gel por outras instituições, como os bombeiros, juntas de freguesias.

“Ainda não estávamos muito preocupados com uma produção em série. A partir de agora mudámos a nossa estratégia, até porque o mercado tem oscilado. No princípio da pandemia não havia nada, depois foi inundado com produtos de baixa qualidade e, partir do momento em que passaram a ser certificados pelo Infarmed, tem havido uma maior seleção, onde se dá primazia à qualidade, Vamos apostar mais no cliente final”, frisa o empresário, acrescentando que se trata de uma marca cem por cento nacional, pois “é tudo adquirido no nosso país, desde o produto, a sua conceção, embalagem e o rótulo”.

O método de produção nesta unidade de Midões inicia-se com o chamado enchimento, ou seja, pela mistura feita através de uma base com o etanol para que o gel fique mais macio e não provocar danos à pele, sendo depois introduzida a essência. A embalagem passa depois pela chamada encapsuladora (meter a cápsula) e, no final, pela máquina de rotulagem. Um investimento que ascendeu aos 250 mil euros. “É uma indústria inovadora, criada no interior do país, podendo depois ser “arquitetado” outro tipo de produtos, por exemplo, ligados à agricultura, lembrando que em Oliveira do Hospital há cursos técnicos do sector da bioindústrias, podendo ser interessante desenvolver outras matérias que se adaptem ao “Know-how” já existente”, assegura Nuno Pereira.
Texto: J.L.
Fotos: Manuel Pereira

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