Fernando Tavares Pereira quer uma reunião urgente da Assembleia Municipal de Tábua para discutir prospecção de quartzo e feldspato na zona denominada “Vale de Gaios”. O vereador da oposição, eleito pela Coligação do PSD/CDS-PP, refere mesmo que “este processo foi escondido da população”.
“Duvido de todo este processo que foi escondido da população”, diz em comunicado. “Na última semana fomos todos surpreendidos com a consulta pública da denominada zona ‘Vale de Gaios’ para prospecção de Quartzo e Feldspato. Facto estranho esse, pois nunca, em nenhuma reunião de Câmara ou Assembleia Municipal, se teve qualquer conhecimento de tal situação. Ora, durante dois anos nada sabíamos do assunto, o que por si só é grave. Só agora temos conhecimento devido à consulta pública que é a fase final do processo de licenciamento da prospecção”, diz o Fernando Tavares Pereira.
Sublinhando que a região em concepção abrange diversas povoações, como Póvoa de Midões, Seixos Alvos, Várzea de Candosa, Tábua, Sevilha, entre outras, Fernando Tavares Pereira refere que autarquia veio dizer aquilo que todos sabem. Todos sabem que, quer nas povoações, quer nos percursos e monumentos históricos, ninguém irá realizar pesquisa ou extracção”. “Ora é isso que hoje o município vem comunicar aos tabuenses, passados dois anos de ter conhecimento do pedido. É muito estranho e até ‘duvidoso’ que o assunto nunca tenha sido abordado publicamente até hoje”.
O vereador eleito pela Coligação PSD/CDS-PP deixa algumas perguntas à autarquia. “O Município de Tábua é a favor ou contra a prospecção e, por consequência, extracção de ‘Quartzo e Feldspato’ na denominada zona de ‘Vale de Gaios’? Tendo o Município dado parecer favorável em 2022, o que pretende fazer neste momento de audiência prévia? Sabe muito bem o Município que esta audiência prévia é simplesmente para tapar os olhos à população? Ou não será? O município sabe que com a retirada de materiais do subsolo para extracção de Quartzo e Feldspato também virão outros minerais, entre os quais, o lítio e que o mesmo é aproveitado?”.
O empresário diz duvidar de “todo este processo” e considera que o caso tem de ser discutido em Assembleia Municipal, “o órgão soberano” do concelho. “Tudo tem de ser feito antes de dia 10 de Novembro. Esse é o limite de pronuncia de todos o que assim o entenderem”, diz, concluindo que ele e “todos os membros eleitos da coligação PSD/CDS-PP” são “contra o avanço deste procedimento de prospecção e posterior exploração nesta zona identificada”. “E, assim, com toda esta prospecção e exploração, como é que fica Tábua, o encanto das Beiras?”, remata.
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