O corte de 572 mil Euros vertido em Orçamento de Estado impossibilitou, este ano, a realização da tradicional FACIT – Feira Agrícola, Comercial e Industrial de Tábua. “Não é uma questão de não querer, é uma questão de não poder”, assume Ricardo Cruz, presidente do Município ao Notícias de Tábua, em declarações prestadas á Rádio Boa Nova.
Se desde o início do mandato, a preocupação do executivo liderado por Ricardo Cruz já era de promover “a reestruturação financeira dentro do Município”, o corte anunciada das verbas do Orçamento de Estado deixou o Município sem grandes alternativas no que toca à realização de grandes eventos. “Os cortes do Orçamento de Estado levaram a esta tomada de decisão. Seria impossível não reestruturamos algumas das nossas ações tendo em consideração o valor cortado pelo Orçamento de Estado”, explicou o autarca, verificando que o investimento em cada ano na FACIT “anda à volta dos 150 mil Euros”.
Do mesmo modo que assume “com coragem e determinação esta questão do rigor financeiro”, Ricardo Cruz também fala sobre o assunto de “forma transparente aos munícipes”. Até porque, afinal, “era impossível estarmos a fazer o evento FACIT, este ano, digno da dimensão do concelho”.
Ricardo Cruz está certo de que a componente cultural, musical e de lazer tem vindo e continuará a ser assegurada pela reativação do setor associativo pós pandemia, e que “tem estado muito forte no sentido daquilo que são as festas por todo o concelho”. Junta-se também a “calendarização bastante composta” promovido pelo Município no âmbito da candidatura “Cultura e Espaço Musical”. “Estamos com o ano cheio de atividades”, sublinha o autarca, que destaca as iniciativas “Cultura do Mundo” e “História da Música” que vão decorrer em Agosto e Setembro, respetivamente, assim como a atividade do Centro Cultural de Tábua e a programação em torno dos 20 anos da Biblioteca.
Já no que respeita à componente empresarial, o Município mantém a “estratégia de divulgação das empresas”, achando também que “muitas delas ainda não ultrapassaram a questão da Covid e, poderiam não estar nas suas condições necessárias para uma participação ativa e fortíssima, naquilo que é a dinamização da vertente empresarial do concelho”.
Ricardo Cruz assegura que a decisão de não realização da FACIT foi “bastante ponderada”, mas observa que “efetivamente está a ser bastante compreendida por todas as pessoas”. Os números a isso obrigam, até porque “não podemos ter menos dinheiro e querer fazer as mesmas coisas”. “Não é uma questão de não querer, é uma questão de não poder”, sustenta.
Para o 2023 fica o compromisso de que não existindo corte no Orçamento de Estado, o Município vai realizar a FACIT. Mas, “se existir corte, não iremos realizá-la”, sustenta. Quando a novidades no possível regresso do certame, Ricardo Cruz avança que “há sempre novidades”.
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