O Valdemar Carvalho partiu o mês passado aos 84 anos. Foi uma das vítimas dos incêndios de 15 Outubro de 2017 que perdeu tudo. Lageosa Àzere ficou mais pobre. O Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndio de Midões (MAAVIM) não se esquece de assinalar o falecimento daqueles que prometeu ajudar, neste caso um homem que, segundo aquele movimento, perdeu grande parte dos seus bens (parte da habitação permanente) nos incêndios e o restante “foi-lhe posteriormente (2018) retirado pela CCDR, com a conivência da CM de Tábua, que demoliram o que restava do edifício.
“O objetivo era reconstrui-la com o apoio do PARHP. Mas, mais tarde, a obra parou. Levaram as pedras e as cinzas. Não ficou nada. A CCDR Centri, explica a MAAVIM, veio dizer que por demolir a casa e levar as pedras que não arderam, orçou em mais de 50 mil euros. Mas e depois disso?”, questiona Nuno Tavares Pereira, porta-voz da MAAVIM, dando de imediato a resposta: “Valdemar Carvalho teve de ficar a habitar num lar, onde tinha de pagar para estar. Facto estranho, porque poderia estar em sua casa, que foi demolida sem o seu consentimento”, explica.
“E agora partiu. Sem ver a sua casa, sem ver ser-lhe feita justiça. Essa tardará, mas acreditamos que chegará. À família os nossos sentimentos e a resposta de que não esqueceremos o Sr. Valdemar, que sempre perguntava como estavam as obras. Que descanse em Paz porque a obra há-de chegar”, conclui.
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