INSTABILIDADE NA SUCURSAL POLACA DO GRUPO AQUINOS NÃO AFETOU EMPRESA LÍDER EM PORTUGAL
EMPRESA TABUENSE FALA EM “MEDIDAS EXTRAORDINÁRIAS” PARA MANTER O NEGÓCIO NAQUELE PAÍS, ONDE OS TRABALHADORES DENUNCIAM SALÁRIOS EM ATRASO E JUSTIFICA PROBLEMAS COM A RECESSÃO NO MERCADO DESDE A INVASÃO DA UCRÂNIA PELA RÚSSIA
A imprensa polaca fez eco desta situação vivida na sucursal
do Grupo Aquinos naquele país, nomeadamente, a manifestação
dos cerca de trezentos trabalhadores à porta da fábricaNa sucursal do grupo Aquinos na Polónia a Aquinos Bedding Poland, que produz essencialmente molas e colchões
A situação de grande instabilidade e imprevisibilidade que se vive na sucursal do grupo Aquinos na Polónia (a Aquinos Bedding Poland, que produz essencialmente molas e colchões) e que levou à adoção de “medidas extraordinárias” para poder manter o seu negócio naquele país, não se refletiram na empresa líder em Sinde, asseguraram responsáveis do grupo ao jornal “O Tabuense”.
Segundo revelou recentemente o “Notícias de Coimbra” (NDC), os funcionários da empresa Aquinos Bedding Poland, criada há cerca de cinco anos pelo Grupo Aquinos, ainda não receberam os seus salários de abril. De acordo com a Rádio Eska, citada pelo NDC, a situação abrangeu três centenas de trabalhadores que, desde janeiro, estão preocupados com o seu futuro. E sublinha que a filial polaca do Grupo Aquinos está a despedir cerca de 10% dos trabalhadores todos os meses, “para evitar as obrigações legais associadas a despedimentos coletivos na legislação polaca”. Outros colaboradores também foram colocados em “stand by” — sem atribuição de tarefas, mas obrigados a estar disponíveis por telefone — recebendo apenas 80 por cento do salário habitual. Para reclamar os seus direitos, os trabalhadores manifestaram-se à porta da empresa no passado dia 21 de maio, tendo-lhes sido dito que iriam receber “uma transferência salarial parcial” e o restante até 10 de junho.
Num texto que fez chegar ao jornal “O Tabuense”, o Grupo Aquinos traçou-nos o seguinte enquadramento sobre o que se vive na sucursal na Polónia:
“A empresa que se situa na cidade de LODZ na Polónia, ex Recticel Bedding Polonia, exporta essencialmente para o mercado alemão, mercado este que desde a invasão da Ucrânia pela Rússia está em recessão, impactando uma série de indústrias tais como o bem conhecido caso da indústria automóvel europeia.
A detração no consumo na Alemanha, devido à elevada inflação que se fez sentir nos últimos anos, está na base do decréscimo acentuado das exportações e das sucessivas reestruturações operativas.
O negócio polaco tem-se adaptado a uma nova realidade comercial. Contudo, o cenário atual exige mudanças mais profundas, que estão a ser analisadas no âmbito de um programa de revitalização recorrendo a medidas extraordinárias que serão brevemente colocados em prática satisfazendo as necessidades atuais e a continuidade do negócio. Algumas dessas ações extraordinárias já começaram a ser tomadas, dando a possibilidade de corrigir brevemente.”
“O Tabuense” sabe que algumas dessas medidas implementadas passam pelo regime de adaptabilidade de horário e gestão de banco de horas.
Ao invés do que se passa na Polónia, o mercado Ibérico tem-se revelado bastante pujante para o Grupo Aquinos, com resultados igualmente positivos nos mercados americano e africano, este que está a ser recentemente explorado.
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