
Hoje em dia, muito se fala de Liberdade, opções de escolha, de ascensão social, de estudar para saber mais, etc, etc e etc.
Mas qual é o custo de se ser Livre?
Se dizemos o que pensamos, somos criticados pelos que têm outra opinião, pelo vizinho que diz, “olha que depois não te passam a licença”.
Se te vestes com calças de ganga e tens barba por aparar, o familiar diz “olha que depois não tens emprego”.
Se bebes uns copos e andas em todas as festas, os colegas dizem-te: “olha que depois és mal visto e ninguém te leva a sério”.
Mas a realidade é que quem governa nos nossos burgos é tudo isso, na maior parte das vezes. “Dizem o que eles pensam ser a doutrina e, se és do contra, és colocado de lado. Andam de calças de ganga e de barba, mas neles é moda e são da alta e fica bem. Embebedam-se por todo o lado, dizem umas bacoradas e o pessoal bate-lhes nas costas e dizem que são uns fixes”.
É verdade, estes são os condutores das nossas vidas, isto porque a iliteracia política e geral é muita. Porque os jovens e a restante população é “induzida” em ideias que, para terem as coisas, têm de se calar, dizer “ámen” ao Sr. Presidente e calarem-se.
Isso não é uma opção.
Na política e na sociedade de hoje as leis e as decisões têm de ter a participação de todos e não apenas do que fala e tem direito a estar nas páginas institucionais a dizer o que quer sem contraditório, como que de uma ditadura se tratasse. É o que vemos nas Assembleias e Reuniões de Câmara. “Ovelhas” em rebanho a caminhar no mesmo sentido, a dizer o que querem que respondam e sem opção de pensar.
Não é isso que tem de ser. Não podemos depender de pequenas decisões que são usadas para amedrontar quem pensa diferente e quer ser seguidor de um partido de esquerda ou direita ou que nem sequer se revê num partido e segue um movimento cívico.
A sociedade tem de participar, para não acordar no dia seguinte e ter mais um imposto que não escolheu ou debateu.
Os operários da máquina do estado vão continuar lá e não vão perder os seus postos, não precisam de se preocupar porque, um dia, alguns vão mudar de vida e deixar de ser públicos para ser privados.
As pessoas não podem ter medo. Ser livre tem de ser uma opção sem depender de um emprego, de uma licença ou outro documento que precisamos em cima da hora, porque, afinal, quem lá está, está ao nosso serviço. Tem de se defender os interesses das populações e apresentar trabalho e não só fazer despesas sem preparar o futuro dos munícipes.
Não tenham medo de participar na vida ativa política do vosso concelho, da vossa freguesia, da vossa terra, porque isso é que é a liberdade. Quem provoca o medo, tem medo de perder o que tem. Por isso, participem nestes dias em que estão no planeta terra e que podem ajudar a ter uma terra melhor.
Participem já e não tenham medo, porque a liberdade é a libertação do saber.
Texto: Nuno Pereira
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