“A LIBERALIZAÇÃO ECONÓMICA, POLÍTICA E CULTURALAINDA ESTÁ LONGE DE SE CONCRETIZAR EM TÁBUA”

PEDRO RODRIGUES, ESTUDANTE UNIVERSITÁRIO, 21 ANOS,  CANDIDATO A DEPUTADO PELA INICIATIVA LIBERAL

Pedro Rodrigues, com 21 anos, natural do concelho de Tábua, ocupa o quinto lugar na lista da Iniciativa Liberal candidata à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Coimbra. Estudante universitário, diz que não entrou na IL por conveniência, mas por convicção. Porque acredita que só com mais liberdade é que Portugal pode crescer

O que levou um jovem a motivar-se pela política?………………………O     O … O que me motivou a entrar na política foi a frustração de ver o país constantemente a perder oportunidades. Como jovem, vejo amigos a emigrar, empresas a sufocar com burocracia, e talento a ser desperdiçado num sistema que recompensa a dependência em vez do mérito. Cresci a ouvir que “em Portugal é sempre assim”, mas recuso-me a aceitar isso como destino.

A Iniciativa Liberal mostrou-me que há outra forma de fazer política: com liberdade individual, responsabilidade, transparência e foco na criação de valor. Quero um país onde o Estado sirva as pessoas e não o contrário, onde trabalhar, inovar ou arriscar não seja penalizado.

Entrei na política porque quero ficar. Quero viver num país onde vale a pena sonhar, criar e construir. E porque acredito, de verdade, que Portugal pode ser muito mais se tivermos a coragem de o mudar.

E porquê a escolha pela Iniciativa Liberal?

Porque a Iniciativa Liberal foi o primeiro partido em que me vi representado de forma autêntica. Um partido que defende a liberdade como princípio fundamental — liberdade de escolher, de empreender, de viver sem as amarras de um Estado pesado e ineficiente.

A IL fala a linguagem da minha geração: quer um país mais aberto, mais dinâmico, mais justo, onde o mérito seja reconhecido e onde o Estado não seja um obstáculo, mas sim um facilitador. Não entrei na IL por conveniência, entrei por convicção. Porque acredito que só com mais liberdade é que Portugal pode crescer.

Pensa que pode ser uma alternativa viável para o PSD e pela social-democracia? O que os distingue?

A Iniciativa Liberal não nasce para substituir o PSD, mas para oferecer uma alternativa clara e atualizada às respostas tradicionais da social-democracia. O país mudou, os desafios são outros, e é natural que surjam novas propostas políticas. A IL representa uma visão mais centrada na liberdade individual, na simplificação do Estado e na criação de condições para que cada pessoa possa alcançar o seu potencial — sem depender do Estado, mas sabendo que ele está lá quando realmente faz falta.

O PSD tem um historial relevante na construção democrática, mas hoje falta-lhe clareza ideológica. Oscila entre uma visão mais estatista e uma tentativa de modernização liberal, sem romper verdadeiramente com o peso da máquina pública, com a complexidade fiscal ou com os interesses instalados. A IL distingue-se precisamente por isso: por querer uma mudança estrutural e não apenas uma gestão diferente do mesmo sistema.

Queremos um Estado mais pequeno, mas mais eficiente; impostos mais baixos, mas com contas públicas equilibradas; uma economia mais livre, mas com regras claras e justas. Acreditamos que o mérito, a inovação e a liberdade são motores de progresso — e que a proteção social deve existir, mas ser focada, eficaz e sustentável.

Não queremos substituir o PSD — queremos oferecer uma alternativa a todos os que acreditam que Portugal precisa de fazer reformas sérias para ser competitivo, justo e livre. A IL é isso: uma força de mudança serena, mas determinada.

Quais as perspetivas eleitorais da IL para Coimbra?

Crescer. Esta tem sido a palavra mais utilizada por nós nos últimos tempos. A ambição é clara, queremos eleger o primeiro deputado liberal pelo círculo eleitoral de Coimbra.

Nas legislativas de 2024, a Iniciativa Liberal teve um desempenho honesto, mas aquém das expectativas iniciais, ficando abaixo do limiar necessário para eleger um deputado por Coimbra. Apesar de um ligeiro crescimento face a 2022, o partido não conseguiu capitalizar de forma decisiva o descontentamento com os partidos tradicionais no distrito. Parte disso deveu-se à dificuldade em fazer passar a mensagem liberal num território ainda muito polarizado entre PS e PSD, com algum peso do Chega nas zonas mais periféricas.

Contudo, o cenário político mudou. A IL tem vindo a afirmar-se cada vez mais como uma força política com propostas claras, consistentes e diferenciadoras.

Coimbra, com o seu perfil misto entre cidade universitária, centro de serviços e zonas mais interiores, tem mostrado sinais de abertura ao discurso liberal, especialmente entre jovens, profissionais qualificados e pequenos empresários. A crescente saturação face à alternância entre PS e PSD, combinada com o medo da instabilidade representada por soluções mais populistas, pode tornar a IL uma escolha segura e moderna para um eleitorado exigente.

Uma opinião sua sobre a política que se vive em Tábua…Como vê a governação do PS que se vai eternizando ao longo de vários anos?

A governação do Partido Socialista é fruto de vários fatores que culminaram neste resultado. O passado teve avanços, não o nego. Mas o que está em causa agora não é o que foi feito, é o que ainda falta fazer. E nisso, Tábua precisa de uma nova ambição, de uma nova energia, de um novo ciclo. No entanto, o longo domínio do PS no concelho é reflexo de um padrão que se repete em muitos territórios do interior: redes de poder instaladas, dependência institucional e falta de alternativas políticas mobilizadoras. É importante reconhecer que a estabilidade pode ter trazido alguns benefícios, mas quando o mesmo partido está no poder durante muitos anos, é natural que se instale um certo imobilismo, uma resistência à mudança e, por vezes, uma gestão mais centrada na manutenção do poder do que na criação de futuro.

Além disto, a incapacidade do PSD em fazer oposição no município e em apresentar bons candidatos à autarquia contribuíram para que o PS pudesse ganhar tranquilamente com maiorias absolutas nas últimas eleições.

A IL privilegia a liberalização económica, política e cultural. Esses pressupostos existem em Tábua?

A verdade é que, em Tábua, esses pressupostos — liberalização económica, política e cultural — ainda estão longe de se concretizar plenamente.

No plano económico, continua a existir uma forte dependência do poder político local, com poucas condições reais para o empreendedorismo florescer. A carga burocrática, a escassez de incentivos para pequenos negócios, e a dificuldade em atrair investimento externo impedem que Tábua se afirme como um polo de desenvolvimento autónomo. Falta liberdade económica, mas sobretudo falta um ambiente que premie o risco, a inovação e a iniciativa privada.

Culturalmente, Tábua tem um enorme potencial, mas carece de dinamismo e abertura. A produção cultural tende a ser centralizada e pouco diversa, muitas vezes dependente do apoio institucional em vez de surgir de forma espontânea, livre e descentralizada. Falta espaço — físico e simbólico — para projetos independentes, associativos e inovadores.

A Iniciativa Liberal quer mudar isso. Quer um concelho onde quem quer criar, investir ou participar não sinta que tem de pedir licença a ninguém. Onde a liberdade seja real — para trabalhar, para pensar diferente, para viver com dignidade e ambição.

A IL estaria disponível para um acordo eleitoral ou pós-eleitoral?

A Iniciativa Liberal está, como sempre esteve, disponível para dialogar e cooperar, mas nunca a qualquer preço. O nosso compromisso é com as ideias e com os eleitores, não com cargos ou acordos de bastidores. A IL só participará em entendimentos eleitorais ou pós-eleitorais se houver um alinhamento claro em torno de reformas estruturais, da defesa da liberdade individual, de um Estado mais eficiente e de uma economia mais aberta.

Não estamos aqui para alimentar jogos de poder, mas para mudar o país, e isso exige seriedade. Se houver condições para fazer avançar propostas liberais que melhorem a vida das pessoas, estaremos disponíveis para contribuir com responsabilidade. Mas se for para manter o status quo ou entrar em arranjos políticos estéreis, não contem connosco.

Já há candidato da IL para as autárquicas em Tábua? Quando vai ser conhecido?

Neste momento o foco está centrado no próximo dia 18, apenas depois disso é que falaremos mais sobre os planos autárquicos que estão a ser desenvolvidos para os vários concelhos do distrito.

Um bom resultado nas Legislativas pode servir de “trampolim” para obter uma votação nas Autárquicas e suplantar o último resultado obtido onde a IL obteve 152 votos?

O crescimento eleitoral da IL é notório nos vários concelhos do nosso distrito, eleição após eleição. Comparativamente à eleição de 2022, a Iniciativa Liberal, em 2024, teve um crescimento relativamente pequeno no concelho de Tábua, passando de 135 votos para 152. Neste momento o objetivo no concelho de Tábua é muito claro, crescer de maneira expressiva a nível de votação para que, deste modo, se possa assumir pelo menos como quarta força política do concelho, visto que, nas últimas eleições, o BE apareceu à frente da IL.

Acreditamos que, com um candidato às legislativas tabuense e um trabalho bem desenvolvido, tudo isto a que nos propomos será possível.

Relativamente ao “trampolim” para as autárquicas, falaremos deste tópico somente depois do próximo dia 18.

O que mais aprecia em Tábua?

O que mais aprecio em Tábua é o sentido de comunidade. É uma terra onde as pessoas ainda se conhecem pelo nome, onde há respeito entre gerações, onde o tempo tem outro ritmo — mais humano, mais próximo. Gosto da autenticidade das freguesias, do orgulho que os tabuenses têm nas suas origens, e da forma como se mantêm ligados à terra, mesmo quando a vida os leva para fora.

Admiro também o potencial de Tábua — o espaço que existe para crescer, inovar e fazer diferente. Temos recursos, talento e uma localização estratégica no nosso distrito. Só falta muitas vezes que se criem as condições certas para que as pessoas possam aqui realizar os seus projetos de vida, sem sentirem que têm de ir embora para encontrar oportunidades.

Tábua tem tudo para ser mais do que uma terra de partida. Pode (e deve) ser uma terra de futuro. E é por isso que estou aqui: porque acredito nesse futuro e quero ajudar a construí-lo.

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