BACALHAU E NACO DE NOVILHO SÃO OS AFAMADOS PRATOS DO “ATASCA”
Denomina-se ATASCA e pretende trazer para Tábua as antigas tradições da gastronomia e cultura nacionais. O espaço “renascido” junto ao campo de futebol do G. D. Tabuense é acolhedor, a fazer lembrar as tascas antigas, não faltando o vermelho como cor dominante nas paredes e toalhas, mas com um toque refinado, com capacidade para 40 comensais. Já no próximo sábado, terá lugar uma noite de fados, esperando-se que seja criado o clima especial alusivo a esta temática, com uma ementa onde não faltará uma receção com vinho do Porto, caldo verde, uma tábua mista de queijo, presunto e enchidos como entrada, o bacalhau à Lagareiro, sobremesas características como o arroz doce e pudim de ovos, digestivos, tudo com um preço a rondar os 25 euros.
Rui Guinapo, 39 anos, refere que tem sido “interessante” a adesão do público a este estabelecimento, que aposta em novos conceitos, desde que ele e a mulher, Ana Lúcia, um ano mais velha, profissional de cozinha e que o marido considera ser o “coração” do empreendimento e o “seu braço há dezanove anos”, assumiram a gerência em novembro passado. Já tinham lançado a empresa Gerações Portuguesas dedicada à distribuição alimentar e este projeto surgiu assim de uma forma natural, contando fornecer o restaurante com produtos desse outro negócio ao qual Rui se dedica quase exclusivamente.
“Adquirimos novos equipamentos, adaptamos a sala de entrada como se fosse uma tasca, mas com um aspeto requintado, mantendo um espaço exterior coberto que ficará descoberto no verão, criando um ambiente propicio para a degustação de bebidas típicas dessa estação”.
Natural do concelho de Tábua, Rui nasceu em Loureiro, Covas, embora tenha residido grande parte da sua vida em Oliveira do Hospital. Pretende atrair cada vez mais pessoas a Tábua através de uma oferta gastronómica com raízes tradicionais, mas de qualidade, falando nos protocolos já assumidos com algumas agências de turismo. “Temos experiência de muitos anos no sector, e já implementamos algumas marcas, como o restaurante O Típico, em Santa Comba Dão e levamos o nosso bacalhau a um concurso a nível da gastronomia tradicional: em cerca de 1453 pratos ficamos em 14º lugar, o que muito nos honrou”.
“Mas além desse bacalhau que é uma das nossas marcas, temos ainda o naco de novilho à ATASCA, uma posta fantástica da Islândia que é um manjar muito procurado, conseguimos implementar-nos ainda na Rota do Museu do Turismo Internacional, a New Coimbra, ligada à CIM, achou por bem inserir ATASCA numa notícia deles, pois acreditaram que este restaurante é relevante para o distrito”, refere.
E depois, como inovar é um dos segredos do êxito, nos petiscos, que se degustam a todas as horas, pontificam os ossos da Suã, (iguaria feita com o espinhaço do porco) e o camarão à rebuçado doce, para além das habituais moelas, o pica-pau, o camarão à guilho. “É sempre bom não termos apenas os pratos que constam na nossa carta, mas apresentar algo diferente para um grupo de amigos que queira simplesmente conviver, degustando estes petiscos, esta é a nossa vertente para alavancar esta casa”.
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