Depois de passar por Alvaiázere, Ansião, Arganil, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Góis, Lousã, Miranda do Corvo e Pedrógão Grande, a sexta edição do Festival Literário Internacional do Interior (FLII), Palavras de Fogo, a Arte-Via realiza a última sessão, este domingo, em Midões, Tábua. O debate, que se propõe ser uma homenagem às vítimas dos fogos florestais e que é aberto ao público, conta com a participação da professora catedrática da Universidade de Coimbra e escritora Cristina Robalo-Cordeiro, do escritor Ricardo Fonseca Mota e do professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra António Pedro Pita.
O evento, com organização do Movimento Associativo de Apoio às Vítimas dos Incêndios de Midões (MAAVIM) e moderação de Casimiro Simões, decorre no novo Palace Hotel de Midões, pelas 16h00, e propõe-se ser uma homenagem às vítimas dos fogos florestais — sob a égide do lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo”.
Trata-se de um acontecimento intermunicipal que percorreu dez concelhos da região afectados pelos fogos, com o objectivo de levar os livros e os escritores aos sítios mais inusitados e imprevisíveis, como fábricas, campos, praias, igrejas, mercados, romarias, locais onde as pessoas trabalham e convivem. Ou seja, os livros vão ao encontro dos públicos porque também eles têm saudades.
Esta edição celebra os centenários de Eduardo Lourenço, Eugénio de Andrade, Mário Cesariny, Natália Correia e Urbano Tavares Rodrigues, bem como os 50 anos da Associação Portuguesa de Escritores, com o tema “Pensamento, palavras, poesia, Língua de fogo na Imensa boca dessa angústia”. Este é considerado um festival de causas que aborda questões candentes para o devir do mundo, desde logo a emergência ambiental.
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