No decorrer da reunião pública de Câmara que teve lugar no passado dia 25 de maio, respondendo a uma questão formulada pela oposição, o vereador António Oliveira, com o pelouro da Inclusão Social e da Igualdade, informou que a maioria dos ucranianos acolhidos em Tábua, em abril de 2022 em fuga do horror da guerra, já deixou o concelho.
Disse a esse respeito: vieram 37 refugiados, sete dos quais, que se encontravam numa habitação em Mouronho, já regressaram à Ucrânia e dos 27 que se encontravam sedeados no Lar da Santa Casa da Misericórdia “apenas estão três “, entre os quais,
“duas senhoras, uma delas com uma criança na escola, estando a ser apoiados os dois adultos com o Rendimento Social de Inserção”. O vereador especificou que ainda não têm condições para regressar ao seu país de origem, “mas tudo indica que durante este ano o possam fazer”. Quatro ucranianos conseguiram trabalho no concelho, e deixaram de estar a ser socialmente apoiados pelo Estado, tendo arrendado apartamento e “estão completamente inseridos, foram pais aqui”, os restantes deslocaram-se para outros pontos do país, por questões particulares ou para ficarem perto de familiares.
Sublinhe-se que um diz depois da sua chegada a Tábua, “O Tabuense” ouviu elementos deste grupo que nos expressaram o seu contentamento por estarem no concelho, elogiando a calma e a forma como as pessoas os receberam em contraste com os dias que viveram na Ucrânia. Foram acompanhados por um gabinete específico do Município, que chegou a tratar de toda a documentação e integração profissional, convidando as empresas interessadas em os contratar através de uma plataforma criada pelo Centro de Emprego.
Um outro tema em foco nesta reunião relacionou-se com as criticas expressas pelo vereador da coligação PSD-CDS/PP, Vítor Melo, criticando o ajuste direto realizado pela Câmara Municipal que implicou o gasto de 21 mil euros no ordenamento da Rotunda dos Brasões, onde foram instaladas algumas plantas e um sistema de rega. Os eleitos pelo PSD/CDS votaram contra a proposta de pagamento do auto de medição daquela empreitada. Vítor Melo fez saber ao presidente que “era contra aquelas despesas”, pois não entendia a razão de estar a ser colocado a votação algo que foi contratado por ajuste direto sem que a oposição “fosse tida ou achada”.
“Como é que uma Câmara que está obrigada a pedir o saneamento financeiro e tem uma dívida que ronda os 15 milhões de euros se dá ao luxo de gastar 21 mil euros numa rotunda”, referiu o vereador, para quem esta atitude da autarquia “é de uma total irresponsabilidade financeira” e até “é provocatória para as empresas e instituições do concelho a quem a autarquia deve dinheiro há largos anos”.
Ricardo Cruz, ao justificar esse gasto, começou por aludir ao escrutínio que o eleitorado vai fazer da gestão camarária nas próximas eleições autárquicas, frisando ser necessário um forte investimento inicial para implantar um sistema de gota a gota nas rotundas, envolvendo a substituição gradual das espécies arbóreas de baixo consumo hídrico, frisando que esse investimento irá sendo diluído ao longo dos anos.
Maria do Rosário (PSD) relevou a forma positiva como as instituições de solidariedade social têm prestado cuidados aos mais idosos, “dando uma resposta mais adequada às pessoas que as procuram, pois é uma população muito vulnerável e que merece que seja feito o melhor por ela”.
O Presidente anunciou ainda que avançam as obras de saneamento básico em Seixos Alvos, uma antiga aspiração dos residentes e dos quais “o Tabuense” tem feito eco bastas vezes. Referiu ainda a vinda ao concelho, no próximo dia 6, do ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro para inaugurar os sistemas de drenagem de águas residuais de Venda de Mouros e Bugalhas, Espariz, Carragosela, Vale de Taipa, Babau e Sevilha, além da beneficiação da ETAR de Pinheiro de Coja.
Foi ainda aprovado o Manual de Procedimentos do Canal de Denúncias do Município que visa o registo de comunicações, internas ou externas, de infrações ou atos de corrupção, as quais podem ser expostas pelos trabalhadores do Município ou pessoas externas ao mesmo, através de um formulário próprio que se encontra acessível no site da edilidade ou no Balcão Único. O executivo camarário garante a confidencialidade dos denunciantes.
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