UM NEGÓCIO FAMILIAR ONDE A PAZ DE ESPÍRITO DOMINA

GAIOS REFÚGIO

   Patrícia e Cláudia Costa são as proprietárias do Gaios Refúgio, um empreendimento que surgiu como que uma paixão antiga. Nasceram neste local, ali viveram a sua meninice e habituaram-se a conviver com este ambiente calmo, acolhedor que as envolvia. Entretanto, fizeram a sua vida, trabalham numa seguradora em Tabua, mas ficou sempre aquele desejo antigo do regresso às origens, de otimizar um espaço que guardavam no coração, com ternura. Decidiram comprar a casa em dezembro de 2020 e em meio ano, com a ajuda da família e amigos (ver caixa) efectuaram a recuperação do edifício, pondo de lado as burocracias impostas pelos subsídios estatais, transformando o espaço num Alojamento Local, rentabilizando dessa forma ao investimento feito.

 “ Temos oportunidade de compartilhar com as pessoas algo de que nós gostamos muito”, referem a “o Tabuense”. Por 30 euros/pessoa alugam os dois apartamentos excelentemente equipados, dispondo ainda de internet, com uma vista soberba sobre o Vale de Gaios. Edificaram mesmo uma escadaria pela encosta abaixo, onde, lá ao fundo, corre o Rio Cavalos que, na manhã solarenga de sábado passado, se fazia ouvir, de mansinho entre pedras e seixos.

“Este Trilho de Gaios, bastante procurado em Tábua, ajuda muito na promoção, pois estamos mesmo situados em frente”, afirmam as proprietárias, referindo-se a um dos pontos obrigatórios do turismo tabuense, especialmente dos amantes da BTT.

 A promoção turística é feita pelo chamado “passa a palavra”, pelo Facebook e Instagran e as pessoas têm aderido. “ Muitos portugueses e alguns estrangeiros, até de Ibiza nos chegam clientes. Estamos satisfeitas, é um sonho concretizado e os comentários que recebemos no nosso guestbook são bastante elogiosos”, frisam.

  E pudemos comprovar isso mesmo no contacto que fizemos no local com um casal de hóspedes belga, Martine e Patrick que se encontram alojados há quinze dias no empreendimento. Moravam numa quinta em Vale de Candeeiros e, desde 1989, que se sentiram encantados por esta região. ”Viemos a Portugal visitar alguns amigos e descobrimos este Refúgio Estamos muitos contentes pelas condições que oferecem: elas são simpáticas (risos), é muito tranquilo, não existe aqui aquele ambiente modernizado, é tudo mais rústico”, sublinha Martine, manifestando o seu agrado pela ambiente confortável e excelentemente decorado do apartamento que alugaram. ”Dá para viver muito bem e a um preço muito mais convidativo do que é praticado na Bélgica”, acrescenta. Martine trabalhava no seu país num salão de festas de um restaurante, o marido, Patrick, era motorista. Agora procuram gozar a sua reforma nesta região que consideram ter todas as condições para se viver se uma forma equilibrada, longe do tumulto das grandes cidades, “não há stress, a natureza ainda está no seu estado puro”. Apenas acham que o chamado Trilho dos Gaios poderia ser recuperado,

pois é “difícil para a circulação das bicicletas, especialmente para quem não é atleta radical”.

 Ainda há locais que parecem ter sido tocados pelos deuses, onde se respira liberdade …o bom ar puro. Este Refúgio em Vale de Gaios é uma dessas pequenas maravilhas.

Texto: José Leite

Fotos: Nuno Pereira/ Gaios Refúgio

UMA NOTA DE AGRADECIMENTO

Patrícia e Cláudia fizeram questão (e aceitamos o repto com todo o gosto) de publicarmos um pequeno texto de agradecimento às pessoas que as ajudaram a concretizar o seu sonho, ajudando a erguer este Refúgio:

  “A vida tem-nos ensinado a importância do agradecimento, com isto sentimos a necessidade de o fazer partilhando com todos.

  Muito obrigada e gratos por tudo o que fizeram por nós e pelo Gaios Refúgio, sem os que vamos mencionar nada seria possível.

    Pai, Mãe, tio Tónio, Anabela ( Mãe Diogo), primo Joao e tia Natália, primo Paulo, Lucinda e Raquel, João Martins,Talinha e Nelson, Tia Graça, Joaninha e Tio Faustino, não podendo esquecer os serviços de Carlos e Micael Alves, Ricardo (carpinteiro), Nuno (canalizador), Jorge (janelas), Ricardo Abrantes, Nelson Ribeiro e Filipe Goncalves.

O nosso muito obrigado

  Cláudia, Patrícia e Diogo