AUTARCA DE PINHEIRO DE COJA E PROPRIETÁRIO DE UM TERRENO ANDARAM AO MURRO E FORAM PARAR AO HOSPITAL

O MURO DA DISCÓRDIA

  O arranjo de uma pequena estrada em Pinheiro de Coja, de acesso às Quintas dos Cortinhais e do Vale Fojo, acabou numa cena de pancadaria à moda antiga, em que a disputas da divisão territorial eram levadas muito a sério. Protagonistas desta contenda foram o presidente da União de Freguesias de Pinheiro de Coja e Meda de Mouros, João Moura, trabalhadores desta autarquia e um proprietário de um terreno, onde a obra estava a ser executada, o Sr. Arménio e a mulher.

  Os acontecimentos tiveram lugar no dia 17 de fevereiro, quando os trabalhadores da Junta e uma máquina avançaram para os trabalhos de pavimentação desse caminho que, conforme “O Tabuense” alertara noa sua última edição, estava transformado num mar de lama e motivara enérgicos protestos dos residentes, que mal conseguiam chegar às suas casas em dias de chuva. A execução desse trabalho, segundo a versão de fontes ligadas ao proprietário do terreno situado logo no início da estrada, implicavam a demolição de parte do muro e, por conseguinte, a diminuição da volumetria do mesmo. Acontece que umas pedras de suporte do mesmo terão resvalado para a estrada, o que levou a uma troca azeda de palavras entre o Sr. Arménio e João Moura. E os ânimos atingiram o rubro quando das palavras passaram aos atos e todos se envolveram numa acesa briga, envolvendo o proprietário, a mulher, João Moura e ainda os 2 funcionários da Junta de Freguesia, um deles a realizar trabalho comunitário. Murro para aqui, sopapo para acolá, o certo é que no local estiveram ambulâncias para socorrer as pessoas e João Moura, o Sr. Arménio e a mulher tiveram de ser levados para o hospital. A GNR de Tábua tomou conta da ocorrência e elaborou o respetivo auto.

   O autarca queixa-se agora de ter ficado com os óculos partidos, que vai pedir uma indemnização pelos dias de baixa em que ficou em casa a recuperar das agressões, não querendo adiantar mais pormenores sobre o sucedido, “pois o caso está em tribunal”. Lembrou, no entanto, que os desaguisados já vinham de longe, quando, acidentalmente, as máquinas da Junta quebraram uns galhos nos carvalhos que se encontram no local. A família do Sr. Arménio também não se quis pronunciar e aguarda o desenvolvimento das queixas por agressão que remeteram para o tribunal.

   Sublinhe-se que na passada semana efetuamos uma reportagem neste local em Pinheiro de Coja, mostrando as condições degradantes em que se encontrava este caminho. O presidente da Junta mostrou-se lesto em arranjá-lo, cumprindo o que dissera ao jornal ao afirmar que “logo que o tempo melhore, iniciaremos a obras”. Estava longe de supor era este desenlace, de contornos algo surrealistas. Tem a palavra a Justiça!

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