PS perde quatro municípios mas mantém maioria das 17 câmaras

RESCALDO DAS ELEIÇÕES NO DISTRITO DE COIMBRA

   O PS, que liderava 12 das 17 Câmaras do distrito de Coimbra, perdeu quatro municípios e ganhou um, mantendo a maioria das autarquias, seguido do PSD, que passa de cinco para sete.

   Depois de o PS ter conquistado 12 presidências no distrito em 2017, tal como em 2013, os socialistas perdem agora quatro municípios, incluindo as duas maiores cidades, Coimbra, para a coligação PSD/CDS-PP/Nós, Cidadãos!/PPM/Volt/RIR /Aliança, e Figueira da Foz, para o movimento independente “Figueira a Primeira”, encabeçado por Pedro Santana Lopes.

  No entanto, os socialistas alcançaram um resultado histórico em Penela, que foi sempre do PSD desde as primeiras eleições autárquicas, em 1976, com a vitória de Eduardo Santos para a presidência do município.

   Em Coimbra, a coligação Juntos Somos Coimbra, encabeçada por José Manuel Silva, alcançou maioria absoluta com 43,92% dos votos e seis mandatos conquistados, derrotando o presidente da Câmara e presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Manuel Machado, que se recandidatava pelo PS a um terceiro mandato.O PS conquistou 32,65% dos votos e quatro mandatos e a CDU foi a terceira força eleita, conseguindo eleger um vereador.

  Das outras três cidades do distrito, os socialistas apenas lideram em Oliveira do Hospital, onde o presidente de Câmara cessante, eleito pelo PS, atingiu o limite de mandatos.

  O PSD manteve a liderança em Cantanhede (que os socialistas só conquistaram por uma vez, em 1993), e o movimento encabeçado por Santana Lopes conquistou a Figueira da Foz, que era do PS desde 2009.

  Os socialistas perderam ainda Penacova para o PSD, que candidatou o ex-jornalista da RTP Álvaro Coimbra, e Góis também para os sociais-democratas, que só tinham conquistado aquela autarquia do interior do distrito por uma vez, em 1979.

  O PS mantém a liderança de Condeixa-a-Nova, Lousã, Miranda do Corvo, Montemor-o-Velho, Soure e Vila Nova de Poiares, concelhos onde foram reeleitos, pelo PS, os respetivos presidentes.

O PSD manteve também Arganil e Mira, onde foram reeleitos os respeitos presidentes, assim como Pampilhosa da Serra, onde o atual presidente da Câmara, José Brito, não se recandidatou por limite de mandatos.

Nestas autárquicas, havia dez presidentes de Câmara no distrito que se recandidatavam ao cargo, sendo que apenas Manuel Machado, em Coimbra, não conseguiu a reeleição.

RESULTADOS EM TÁBUA – 2021/ 2017

PS COM LIGEIRA QUEBRA, PSD/CDS SUBIU VOTANTES, CDU COLAPSOU E, PRATICAMENTE, DEIXOU DE TER EXPRESSÃO ELEITORAL,”CHEGA” MOSTROU-SE EM MIDÕES E TIROU A JUNTA AO PSD

O PS liderado por Ricardo Cruz manteve o número de mandatos na Câmara ( 4/3), embora tenha decrescido ligeiramente o  número de votantes (3792 em 2017 para 3635 em 2021). O PSD aumentou em 469 votos entre as duas eleições (2457 eleitores em 2017 para 2926 em 2021), com a CDU em quebra significativa (380 em 2017 para 132 votantes em 2021).

  Na Assembleia Municipal, o PS elegeu menos um deputado (12/9 em 2021 quando em 2017 era 13/8), a CDU deixou de estar representada.

  Nas freguesias, o PSD conseguiu equilibrar a votação nas freguesias de Covas/ Vila Nova de Oliveirinha e Ázere/ Covelo. De realçar que a entrada em cena do “Chega” em Midões se refletiu na votação final, prejudicando, à direita, a vitória do PSD, que esteve a um passo de ganhar esta Junta. O PS conseguiu 44, 75%, o PSD (41,79 %), o Chega ( 7, 16 %) e a CDU/PCP ( 3, 27).

Na totalidade das Juntas de Freguesia: o PS perde 5 mandatos (1 Ázere e Covelo, 1 Espariz e Sinde, 1 Midões, 1 Mouronho, 1 Tábua)
PSD ganha 8 mandatos (2 em Ázere e Covelo, 2 em Covas e Oliveirinha, 1 Espariz e Sinde, 1 Midões, 1 Mouronho, 1 Tábua)
MUFM (Covas e Oliveirinha) perde 2 mandatos
CDU perde 1 mandato e deixa de ter representação nas freguesias.

   Em síntese, pode-se afirmar que o PS começou a apresentar em Tábua sinais de quebra, o PSD subiu o número de votos na globalidade dos órgãos autárquicos, enquanto a CDU quase que desapareceu do mapa eleitoral concelhio. A abstenção cifrou-se nos 32, 1 %.

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