UM MADEIRENSE E UM AÇORIANO SÃO OS RESPONSÁVEIS
Situado na Venda do Porco, o “George and Dragon” é muito mais que um restaurante ou um bar: é um espaço de convívio, multicultural, onde se misturam clientes de várias nacionalidades, convivendo de uma forma franca, num local acolhedor, com uma arquitetura muito “british”.
“Já tivemos noites de cabaret, de gala com enfoque na música portuguesa, fado, vamos ter uma noite de Karaok no próximo dia 17 de janeiro e estamos constantemente a inovar nos eventos temáticos ”, diz-nos Miguel Andrade, um açoriano, que partilha o negócio com um parceiro oriundo também de uma ilha, da Madeira, o Daniel Campos, desde janeiro do ano passado, sublinhando que desde a altura em que assumiram a gerência se notou uma afluência maior de portugueses. ”Não se sentiam tão bem aqui porque o bar era gerido por estrangeiros”, diz., enfatizando, contudo, que ali todos são recebidos da mesma forma.
Miguel Andrade conta-nos a aventura que foi a partida de Lisboa em busca de um local, no campo, considerada a zona mais barata do país. “Decidimos mudar de vida, ainda pensamos ir para os Açores, mas o arquipélago tornou-se o Hawai de Portugal, com um custo de vida exagerado. A opção foi Tábua e aqui chegamos, imbuídos do espírito de levantar este negócio cada vez mais”.
A aposta gastronómica passa pela introdução gradual da culinária portuguesa, não pondo de lado uma especialidade da casa, os hambúrgueres artesanais de novilho e frango. Estão abertos de quarta-feira a domingo, fechando à uma da manhã às sextas e sábados. “Temos uma sala maravilhosa para quem queira organizar uma festa privada”, refere, revelando que a renovação da esplanada marroquina foi uma aposta conseguida, um local onde se desenrolou um mercado de natal que tivemos oportunidade de visitar.
Clara Gonzaga esteve quinze anos à frente deste espaço, que então se chamava “O Cantinho da Saudade” e agora tornou-se uma cliente habitual e aproveita sempre que pode para participar nos eventos que o restaurante organiza, como foi este mercado de natal e onde se trocaram presentes, joias, antiguidades, pinturas e artesanato.
“Nós fechamos quando fizeram o IC 6,isto ficou um pouco abandonado. Agora sou amiga deles e venho aqui todos os dias, sou uma cliente residente”, diz-nos, sorrindo, denotando uma grande empatia com a dupla de ilhéus que agora assumiram os destinos de um espaço que já foi seu e que recorda com saudade.
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