PDM aprovado pela maioria do PS, com abstenção do PSD, que alega haver reclamações não expostas no documento
Festejos do natal vão custar 48 mil euros
Trinta e quatro anos depois, Tábua vai ter um novo PDM, depois de ser aprovada ontem, quinta-feira, em reunião de Câmara, antes do final do prazo que era 31 de Dezembro, a proposta final da primeira revisão que irá ser submetida à Assembleia Municipal.
Mas o processo promete alguma controvérsia. O vereador do PSD, Vítor Melo, depois de frisar ter sido escasso o tempo que os vereadores do PSD tiveram para apreciar o processo – “foi-nos enviado no final de segunda-feira, sendo muito técnico e requerer uma analise muito pormenorizada, tem mais de 2400 folhas “ – indagou junto dos técnicos camarários que expuseram o PDM se todas as reclamações estavam expostas no documento. Depois de obter uma resposta afirmativa, lembrou que o empresário Fernando Tavares Pereira cedeu uma parte de um terreno em Midões para ampliação da nova ETAR, foi feita a devida reclamação dentro do prazo e não consta dentro do mapa. O documento foi mostrado e a técnica questionou se existia e se tinha sido preenchido o requerimento. Mesmo após a amostragem do documento, o Presidente da Câmara disse que se tratava de uma correção de área de 5 ou 6 metros, mas o documento ao qual tivemos acesso, apenas sugere a correção da área da infraestrutura (equipamento) que está em área agrícola, não referindo qualquer área em metros.
Respondendo logo a seguir, o Presidente da Câmara disse ficar curioso “com estes casos particulares aqui expostos”, referindo que o documento esteve em discussão pública mais de 30 dias.
“Todos nós tivemos o mesmo tempo útil para o analisar”, afirmou, esclarecendo que aquilo que é apresentado aqui à reunião de Câmara é um relatório da ponderação dos resultados, lembrando que o documento passou pela aprovação de 24 entidades, além da Câmara.
Foi revelado ter havido 133 requerimentos de pedidos de correção e apenas 22 tiveram provimento na sua totalidade e 5 parcialmente. Ricardo Cruz destacou o facto de o PDM ter sido submetido a mais de vinte entidades diferentes.
Ficou também a saber-se que os custos natalícios em Tábua importaram em cerca de 48 mil euros, valor em que se integram as iluminações e som que atingiram o valor de 28 mil. Vítor Melo lembrou que em 2017 o valor era de dez mil euros que não goram gastos devido à tragédia dos incêndios e que o então presidente da câmara, Mário Loureiro, referiu terem revertido para uma conta solidária. Ricardo Cruz preferiu ironizar com a situação, afirmando que com esse preço iria fazer várias contratações para os anos seguintes.
Foi também revelado que o Município iria abrir ( no banco Santander) uma conta bancária de cerca de 1milhão e 300 mil euros, auferindo uma taxa de juro pouco rentável se comparada com o que ofereciam outras entidades bancárias, no entender da oposição do PSD, que também levantou a questão dos atrasos do termo da obra da área Empresarial da Carapinha aprazada para 28 de outubro, mas que nessa altura só estavam 48 por cento executados. Ricardo Cruz assegurou que no feriado municipal esse empreendimento será inaugurado.
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