CÂMARA de TÁBUA APROVOU ORÇAMENTO E GRANDES OPÇÕES DO PLANO

“SE A EDILIDADE FOSSE UMA EMPRESA, JÁ TINHA ENTRADO EM FALÊNCIA TÉCNICA”, REFERIU VEREADOR DO PSD“O SANEAMENTO FINANCEIRO ESTÁ NUMA TRAJETÓRIA DE RECUPERAÇÃO”, CONTRAPÔS RICARDO CRUZ

“Se a Câmara fosse uma empresa normal já tinha entrado em falência técnica, porque tanto os compromissos financeiros como as responsabilidades a terceiros ultrapassam em larga escala a receita que o Município tem”, referiu hoje o vereador do PSD, Vítor Melo, durante a reunião de Câmara pública onde foi aprovado o Orçamento e as Grande Opções do Plano para 2025, documento aprovado por maioria com o voto contra do PSD.

”Há um acréscimo no Orçamento para 2025 de dois milhões e trinta e quatro mil euros nas responsabilidades financeiras e não temos aqui o saneamento financeiro que todos nós ambicionamos. Estamos a falar numa projeção de despesas correntes para 2024 na ordem dos 18 milhões”, sublinhou o vereador do PSD, frisando haver muitos valores que estão a aumentar a uma “velocidade muito grande”.

“Estamos a caminhar para o abismo. Temos um aumento de orçamento em 2024 de cerca de 29 milhões que passa para 2025 para 38 milhões, ou seja, um aumento de 75 por cento, com uma taxa de execução que é sempre um calcanhar de Aquiles. Deus queira que eu esteja enganado para o bem dos tabuenses”, precisou o social-democrata.

Em discussão esteve o saneamento financeiro da edilidade, que o Presidente precisou já “estar em condições de fazer”., falando numa “trajetória de recuperação”, precisando que neste momento há uma dívida de 175 mil euros às freguesias que conta ficar saldada em julho do próximo ano, (no inicio do mandato essa divida às freguesias era de 920 mil euros) coincidindo com o Dia Municipal da Coesão. E apontou os investimentos em curso, tendo em atenção as candidaturas e programas feitos, referindo as obras na Escola Secundária de Tábua que terão um custo de 5,7 milhões de euros, o novo Jardim de Infância, revelando que a Área Empresarial da Carapinha será inaugurada no feriado municipal em 10 de abril e um projeto para permitir o alargamento da área empresarial de Tábua, com mais 30 lotes.

Cruz indicou que as Grande Opções apontam como sectores prioritários a educação, habitação/urbanização (que ocupa a maior fatia de 30,16 do orçamento) e a saúde, com verbas classificadas nesse âmbito, uma criação de mais uma zona de lazer junto ao Trilho dos Gaios, com instalação de equipamentos sanitários. E precisou a continuação dos investimentos no saneamento, em parceria com a AINTAR, onde já foram gastos 5,5 milhões de euros, que irá permitir a percentagem de 80 por cento na cobertura do território.

“Não temos um efeito empresarial, mas um efeito de investimento constante e solidário para a melhoria da qualidade de vida dos tabuenses”, acentuou o Presidente, precisando que muitas vezes a taxa de execução enfrenta a burocracia inerente que atrasa a concretização dos projetos, apontando o caso da recuperação da escola do Espadanal.Ricardo Cruz mostrou-se convicto que o próximo orçamento terá a máxima taxa de execução possível.

Vítor Melo atalhou: a questão “são os gastos supérfluos que atingem uma verba significativa que daria para colmatar a receita de capital que tem de ser inserida”. Cruz respondeu com a necessidade de alterar Lei das Finanças Locais, referindo-se às exíguas verbas que estão a ser transferidas para as autarquias pelo Estado não tendo em atenção a sua situação própria.

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