Administração do CHUC abre inquérito sobre morte de sexagenário de Tábua por alegado abandono

Um homem, de Seixos Alvos, no concelho de Tábua, morreu, este fim-de-semana, no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), depois de ter tido alta “por abandono”. O óbito, que ocorreu no dia do 66º. aniversário do falecido e que se terá ficado a dever-se a ingestão de cogumelos, segundo o Notícias de Coimbra, é agora alvo de um inquérito instaurado pela Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC). A instituição fez saber que foi aberto um “rigoroso processo de averiguação” acerca do óbito. A nota do CHUC refere ainda que a “averiguação, inerente a um “compromisso de transparência”, destina-se a sujeitar a “análise detalhada” o processo assistencial.

 “Neste momento difícil, manifestamos a nossa mais profunda empatia e solidariedade para com a família e amigos do doente, a quem endereçamos as nossas sinceras condolências”, indicou o Conselho de Administração do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra.

A averiguação também visa aferir se o processo assistencial se desenrolou “de acordo com os mais elevados padrões de qualidade e segurança”, sem descartar “a implementação de eventuais medidas de melhoria que se revelem necessárias”.

Neste contexto, a União Local de Saúde de Coimbra reitera “compromisso com a segurança dos utentes e com a contínua avaliação e aprimoramento dos seus processos assistenciais”.

Segundo o Notícias de Coimbra, o paciente não respondeu à chamada, na Urgência do CHUC, em duas ocasiões separadas por 52 minutos, ao final da tarde de sábado (09), motivo por que, pouco antes das 22h00, ele foi objecto de alta administrativa “por abandono”.

Entre a chegada do homem ao CHUC, na manhã de sábado, e a primeira chamada para observação houve um hiato de nove horas, escreve o Notícias de Coimbra junto de fontes hospitalares. O paciente era proveniente de um Centro de Saúde.

O corpo foi alvo de práticas para desejável reanimação por volta das 07h30 de domingo (10).

Presumivelmente, explica aquela publicação, o paciente haverá tido conhecimento da emissão de alta administrativa e enveredou pela resignação na medida em que terá comunicado a um vizinho a situação de alta “por abandono”.

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