A gestão recorrente a ajustes diretos promovidos pelo executivo do PS, motivou uma posição crítica da parte de Fernando Tavares Pereira, o líder da Coligação PPD/PSD/CDS-PP concorrente às últimas eleições e atual vereador em regime de não permanência:
“Será só para preencher o quadro do pessoal? Porque não fazer projetos, candidatá-los e fazer concursos públicos? Desde a compra de um prédio até diversos montantes, se fazem ajustes diretos. Mais uma vez: para que serve o pessoal, e para que servem os concursos, se não é para poupanças e fazer um trabalho digno no desenvolvimento geral no concelho, não com investimentos estritamente localizados. Pois que, parece fácil gastar e desbaratar o dinheiro que, em minha opinião, nesta fase difícil que estamos a atravessar, se deveriam fazer algumas poupanças e diminuir os impostos dos tabuenses. E assim, como exemplo, eu e o PSD/CDS-PP – Coragem para Mudar – iriamos, com menos custos, fazer mais”.
E acrescenta o vereador do PSD:”Para fazer adjudicações em cerca de 50% dos investimentos sem concursos públicos, em ajustes diretos e consultas prévias, isso quer dizer que é uma gestão sem principios, é fácil de gastar e não poupar. Por isso, como atrás já disse, podia-se poupar muito e dar benefícios aos contribuintes tabuenses, dando uma gestão adequada aos investimentos que se têm feito no concelho”.
Entre outros exemplos, Fernando Tavares Pereira aponta o caso lamentável de mais um ajuste direto de 21.000€, simplesmente para uma rotunda (rotunda dos Brasões, à entrada da vila), “quando a edilidade poderia ter recorrido a recursos internos para executar esse projeto”
Circunstancialmente ausente nos últimos meses das reuniões de Câmara devido a doença que o tem importunado nos últimos tempos e aos afazeres profissionais que implicam a sua presença, o vereador refere: “Eu, Fernando Tavares Pereira, tendo sido eleito em regime de não permanência, estou atento, assim como a equipa que compõe esta coligação, a tudo o que se passa no nosso concelho. Basta para isso verificarem o nosso trabalho e empenho nas discussões das reuniões de câmara, onde, aí sim, discutimos o melhor para o concelho, onde lamentavelmente as nossas propostas, praticamente, para nada servem. A verdade é que fazemos uma oposição credível e construtiva, como todos sabem”.
Fernando Tavares Pereira lamenta que muitas propostas apresentadas pela coligação que liderou não são atendidas pelo executivo, o qual não leva em consideração nem em conta, “os problemas por nós relatados, que em minha opinião, são os problemas de qualquer tabuense que queira o bem do desenvolvimento do nosso concelho”.
E indica alguns exemplos de propostas avançadas pelo PSD, nomeadamente a forma como estão a ser tratadas as freguesias do nosso município e a própria vila:
“Onde está o parque de lazer e merendas do município? Onde estão as casas de banho públicas da vila? O saneamento básico de muitas aldeias do concelho”. Entre outras questões básicas, onde tanto se gasta e nada se faz”.
E Fernando Tavares Pereira lembra que, em parte, o que se passa nas reuniões do municipio não é escrito em acta. “O que nos leva a crer que, caso não fosse a oposição, tudo aquilo que se passava no concelho de Tábua nada passaria para os seus munícipes. Onde as verdades se escondem”, frisa.
Cita ainda o Boletim Municipal, “pago por todos nós, munícipes tabuenses, onde se deveria tratar de igual para igual o poder e a oposição. Só que na verdade, a edilidade atrtibuiu à oposição (PSD/CDS-PP) cerca de 3.000 caracteres, com direito a cerca de meia página. Repito: é com o dinheiro de todos os tabuenses que é pago este boletim. Deveriamos ter em democracia direita e deveres iguais. Pois que, temos no boletim municipal, onde se nos afigura que é ridículo existir a tanta democracia que se apregoa, a limitação nos nossos textos, que se reduz a cerca de 2% do referido boletim. Onde está a isenção? Não existe !”…
“Deveríamos, sim, ter em percentagem equitativa, o mesmo direito do executivo, para serem devidamente esclarecidos os munícipes tabuenses, pois deveria ser esse o objetivo da nossa democracia”, conclui.
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